quinta-feira, 9 de maio de 2013

9º. Dia - Devocional - O homem, a lei e o pecado - Romanos 7


"Dentro de mim, tenho prazer na lei de Deus; Romanos 7:22"
Como Paulo aplica a ilustração da lei do casamento ao sistema do judaísmo? Rm 7:4, 5

Assim como a morte do marido libera a mulher da lei de seu marido, a morte da antiga vida na carne, por intermédio de Jesus Cristo, libera os judeus da lei que se esperava que guardassem até que o Messias, o antítipo, cumprisse os tipos ali estabelecidos.

Então, os judeus estavam livres para se “recasar”. Eles estavam convidados a se casar com o Messias ressuscitado e, assim, produzir fruto para Deus. Essa ilustração foi mais um recurso que Paulo usou para convencer os judeus de que agora estavam livres para abandonar o antigo sistema.

Novamente, considerando tudo o que Paulo e o restante da Bíblia dizem sobre a obediência aos Dez Mandamentos, não faz sentido afirmar aqui que Paulo estava dizendo a esses conversos judeus que os Dez Mandamentos não mais estavam em vigor. Os que usam esses textos para tentar provar assim – que a lei moral foi abolida – realmente não querem dizer isso, de qualquer maneira; o que eles realmente querem dizer é que só o sábado foi revogado, não o restante da lei. O entendimento de que esses versos ensinam que o quarto mandamento foi abolido, suplantado ou substituído pelo domingo é uma tentativa de lhes dar um significado que as palavras nunca tiveram.

É a lei pecado?


Se Paulo estava falando sobre todo o sistema da lei no Sinai, que dizer de Romanos 7:7, em que ele menciona especificamente um dos Dez Mandamentos? Isso não refuta a posição, adotada ontem, de que Paulo não estava falando sobre a abolição dos Dez Mandamentos?

A resposta é: Não! Novamente, devemos ter em mente que a palavra lei, para Paulo, é todo o sistema introduzido no Sinai, o que incluía a lei moral mas não estava limitado a ela. Consequentemente, Paulo podia citar um dos Dez Mandamentos, como também qualquer outra parte de todo o sistema judaico, a fim de demonstrar seus argumentos. Porém, quando o sistema findou, na morte de Cristo, a lei moral, que existia mesmo antes do Sinai e existe depois do Calvário, não estava incluída.

Qual é a relação entre a lei e o pecado? Rm 7:8-11
Deus Se revelou aos judeus dizendo-lhes em detalhes o que era correto e o que era errado em questões morais, civis, cerimoniais e de saúde. Ele também explicou as penalidades para a violação das várias leis. A violação da vontade revelada de Deus é definida aqui como pecado.

Deste modo, Paulo explicou, ele não teria sabido se era pecado cobiçar sem ter sido informado desse fato pela “lei”. Sendo o pecado a violação da vontade revelada de Deus, onde a vontade revelada é desconhecida, não existe consciência do pecado. Quando essa vontade revelada é tornada conhecida para uma pessoa, ela vem a reconhecer que é pecadora e está sob condenação e morte. Neste sentido, a pessoa morre.

Na linha de argumentação de Paulo, aqui e ao longo dessa seção, ele está tentando construir uma ponte para levar os judeus – que veneravam a “lei” – a ver Cristo como seu cumprimento. Ele está mostrando que a lei era necessária mas que sua função era limitada. A lei deveria mostrar a necessidade de salvação; nunca foi criada para ser o meio de obter essa salvação.

“O apóstolo Paulo, relatando sua experiência, apresenta uma verdade importante quanto ao que acontece na conversão. Ele diz: ‘sem a lei, eu vivia’ – e ele não sentia nenhuma condenação; ‘mas, sobrevindo o preceito’, quando a lei de Deus foi apresentada a sua consciência, ‘reviveu o pecado, e eu morri’. Então, ele se viu como pecador, condenado pela lei divina. Note isto: foi Paulo, e não a lei, que morreu” (Comentários de Ellen G. White, The SDA Bible Commentary, v. 6, p. 1.076).

A Lei santa


 No contexto do que foi discutido até aqui, o que significa que “a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom”?Rm 7:12

Visto que os judeus veneravam a lei, Paulo a exalta em todos os sentidos possíveis. A lei serve para o que faz, mas não pode fazer o que nunca foi preparada para fazer: nos salvar do pecado. Para isso, precisamos de Jesus, porque a lei – seja todo o sistema judaico, seja a lei moral em particular – não pode trazer salvação. Só Jesus e Sua justiça, que nos vem pela fé, podem fazer isso.

A quem Paulo culpa por sua condição de “morte”, e o que ele isenta? Por que essa distinção é importante? Rm 7:13
Neste verso, Paulo apresenta a “lei” no melhor sentido possível. Ele escolhe culpar o pecado, não a lei, por sua terrível condição pecaminosa, isto é, por ter produzido nele “todo tipo de desejo cobiçoso” (v. 8, NVI). A lei é boa, pois é o padrão divino de conduta, mas, como pecador, Paulo estava condenado diante dela.

Por que o pecado teve tanto sucesso em mostrar Paulo como um pecador terrível? Rm 7:14, 15

Por ser carnal, Paulo precisava de Jesus Cristo. Só Jesus Cristo podia remover a condenação (Rm 8:1). Só Jesus Cristo podia livrá-lo da escravidão do pecado.

Paulo se descreve como “vendido à escravidão do pecado”. Ele é escravo do pecado. Não tem liberdade. Não pode fazer o que deseja. Tenta fazer o que a boa lei lhe diz para fazer, mas o pecado não lhe permite.

Por esta ilustração, Paulo estava tentando mostrar aos judeus que precisava do Messias. Ele já havia mostrado que a vitória só é possível debaixo da graça (Rm 6:14). Esse mesmo pensamento é reenfatizado em Romanos 7. Viver debaixo da “lei” significa escravização ao pecado, um senhor impiedoso.

O homem de Romanos 7


 “Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim” (Rm 7:16, 17). Que luta é apresentada nesses versos?

Usando a lei como um espelho, o Espírito Santo convence a pessoa de que está desagradando a Deus ao não cumprir os requisitos da lei. Pelos esforços para atender a esses requisitos, o pecador mostra que concorda que a lei é boa.

Repetindo pensamentos anteriores, como Paulo descreve sua batalha espiritual? Rm 7:18-20

A fim de impressionar a pessoa sobre sua necessidade de Cristo, o Espírito Santo frequentemente leva a pessoa através de um tipo de “Experiência da Antiga Aliança”. Ellen G. White descreve assim a experiência de Israel: “O povo não compreendia a pecaminosidade de seu coração, e que sem Cristo lhe era impossível guardar a lei de Deus; e prontamente entrou em concerto com Deus. Entendendo que eram capazes de estabelecer sua própria justiça, os filhos de Israel declararam: ‘Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos’ (Êx 24:7). Haviam testemunhado a proclamação da lei, com terrível majestade, e tremeram aterrorizados diante do monte e, no entanto, se passaram apenas algumas semanas antes que violassem seu concerto com Deus e se curvassem para adorar uma imagem esculpida. Não poderiam esperar o favor de Deus mediante um concerto que tinham violado; e agora, vendo sua índole pecaminosa e necessidade de perdão, foram levados a sentir que necessitavam do Salvador revelado no concerto abraâmico” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 371, 372).

Infelizmente, deixando de renovar diariamente sua dedicação a Cristo, muitos cristãos, na realidade, estão servindo ao pecado, por mais que abominem admitir isso. Racionalizam que estão passando pela experiência normal de santificação e que simplesmente ainda têm um longo caminho a percorrer. Assim, em vez de levar os pecados conhecidos a Cristo e pedir a vitória sobre eles, escondem-se atrás deRomanos 7, que lhes diz, pensam eles, que é impossível fazer o que é certo. Na realidade, esse capítulo está dizendo que é impossível fazer o certo quando a pessoa está escravizada ao pecado, mas a vitória é possível em Jesus Cristo.

Você está tendo as vitórias sobre o eu e o pecado que Cristo promete? Se não, por quê? Que escolhas erradas você, e você só, está fazendo?

Livres da morte


Que batalha tinha Paulo em seu cristianismo? Rm 7:21-23. Essa batalha é característica só dos que não são convertidos? É possível que um cristão tenha as mesmas lutas?
Nesta passagem, Paulo compara a lei em seus membros (seu corpo) com a lei do pecado. “Segundo a carne”, diz Paulo, ele servia à “lei do pecado” (Rm 7:25). Mas servir ao pecado e obedecer à sua lei significa morte (veja v. 10, 11, 13). Consequentemente, seu corpo – que agora agia em obediência ao pecado – podia ser descrito apropriadamente como “o corpo desta morte”.

A lei da mente é a lei de Deus, revelação que Deus faz de Sua vontade. Sob a convicção do Espírito Santo, Paulo consentia com essa lei. Sua mente decidia guardá-la, mas, quando tentava, ele não podia, porque seu corpo queria pecar. Quem nunca sentiu essa mesma luta? Em sua mente você sabe o que quer fazer, mas sua carne clama por outra coisa qualquer.

Como podemos ser salvos dessa situação difícil em que nos achamos? Rm 7:24, 25
Alguns têm indagado por que, depois de alcançar o clímax glorioso na expressão “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor”, Paulo se referiu uma vez mais às lutas de que aparentemente tinha sido liberto. Alguns entendem a expressão de ação de graças como uma exclamação entre parênteses. Acreditam que essa exclamação segue naturalmente o grito: “Quem me livrará?” Acreditam que, antes de continuar com a discussão ampliada da libertação gloriosa (Romanos 8), Paulo resume o que disse nos versos anteriores e confessa uma vez mais o conflito contra as forças do pecado.

Outros sugerem que por “eu, de mim mesmo” Paulo quer dizer: “deixado a mim mesmo, deixando Cristo fora do quadro”. De qualquer forma que sejam entendidos esses versos, uma coisa deve permanecer clara: entregues a nós mesmos, sem Cristo, somos impotentes contra o pecado. Com Cristo, temos nova vida nEle, em que – embora o eu ressurja constantemente – as promessas de vitória são nossas se escolhermos reivindicá-las. Assim como ninguém pode respirar por você, tossir por você nem espirrar por você, ninguém pode se render a Cristo por você. Só você pode fazer essa escolha. Não existe outro caminho para atingir as vitórias que nos são prometidas em Jesus.

Fonte: CPB

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