O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.
Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.
Romanos 14:3-4
Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.
Romanos 14:3-4
Neste capítulo, Paulo aplica o amor
fraternal à convivência de irmãos, quando surgem diferenças.
Acolher
os fracos (1-12)
Os que se julgam fortes devem acolher os fracos, mas não para
discutir opiniões (1). As questões que Paulo trata aqui envolvem a consciência
de irmãos que ainda não reconhecem determinadas liberdades em Cristo. Não são
diver-gências sobre doutrinas reveladas por Deus. Não devemos usar este texto
para justificar a cumplicidade no pecado, mas devemos ceder em questões de
opinião para não ferir a consciência de um irmão mais fraco na fé.
A primeira aplicação: comer carne (2-4). Deus não proibia que o cristão comesse carne (embora proíba comer
carne oferecida aos ídolos – Apocalipse 2:14), mas alguns tiveram dificuldade
em aceitar esta liberdade. A decisão de comer carne ou não era uma questão
particular.
A segunda aplicação: fazer distinção entre dias (5-6). É bem
possível que alguns cristãos judeus ainda acharam melhor descansarem no sábado,
ou talvez ainda comemoraram alguns dias de festas, possivelmente como feriados
nacionais. Paulo ensinou os irmãos a tolerarem tais diferenças de consciência.
Nas instruções sobre tolerância, Paulo diz que devemos: Aceitar o débil (fraco), mas não para discutir
opiniões (1). Devemos ensinar as doutrinas bíblicas, mas não devemos insistir
em defender alguma liberdade não-essencial. Em questões onde Deus não definiu uma única maneira de agir,
respeitar as decisões dos outros (3). Lembrar que o
nosso irmão é, primeiramente, um servo de Deus e, como tal, será julgado por
Deus (4,10-12). Respeitar a nossa
própria consciência e, acima de tudo, a vontade de Deus, porque pertencemos ao
Senhor na vida e na morte (5-9,12).
Devemos evitar abusos desse trecho, tais como: Irmãos teimosos recusarem estudar questões
difíceis, alegando serem fracos na fé. Aplicar esses princípios (onde há diversas opções lícitas)
para tolerar doutrinas ou práticas que vão além da permissão de Deus. Não tolerar diferenças em questões de
liberdade pessoal. Insistir em fazer
as coisas “do nosso jeito” quando existem outras opções bíblicas. Julgar os outros com base nas nossas
opiniões.
Consciência
e Fé (13-23)
Aqui, Paulo leva os mesmos princípios adiante, mostrando o perigo
de agir de uma maneira que prejudique um irmão. Não devemos julgar os irmãos,
nem devemos fazer com que um deles tropece (13). Mesmo em casos de coisas
lícitas, devemos evitar ferir a consciência do irmão. Se insistir em usar todas
as nossas liberdades, o nosso bem pode ser desprezado (14-16).
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